POLIFILTRO - A maior distribuidora de filtros do Brasil

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Conheça a história da Polifiltro

A Revista e Portal Meio Filtrante trazem nessa edição, para ilustrar a história das empresas de Filtros no Brasil, um dos maiores distribuidores de Filtros Automotivos da América Latina. Quem nos concedeu essa entrevista é um dos sócios-fundadores da Poli-Filtro, o Sr. Airton Montesso.

por João B. Moura

A trajetória da família Montesso no mercado de filtros é mais antiga do que muitos possam imaginar. Tudo começou nos anos 50 com os irmãos Ceguarino, João e Júlio na IMAM – Indústria Mecânica Montesso. Era 1954 e a mecânica fabricava componentes e acessórios para a Metaquil, que produzia filtros com a licença da marca Italiana Tecnoar. Nessa época, Airton Montesso, então com 14 anos, não imaginava que os Montesso seriam os maiores distribuidores de filtros do Brasil e um dos maiores da América Latina, mantendo a humildade característica da família.
Meio Filtrante: Quando o senhor teve seu primeiro contato com o mercado de filtros?
Airton Montesso: Em 1954, comecei a trabalhar com o meu pai na IMAM. Ele era um dos sócios e a empresa fabricava componentes e acessórios para a montagem de filtros da Metaquil, por volta de 1957 e 1958. A Metaquil montou a empresa e fazia a montagem dos elementos filtrantes fornecidos pela IMAM.

MF: O que o senhor fazia na época?
AM: Eu fazia curso técnico e trabalhava na IMAM. Foi onde eu comecei a aprender sobre filtros.

MF: Fale um pouco sobre o Brasil daquela época e o que se usava em filtros nos setores automotivo e industrial.
AM: O Brasil mostrava que queria ser grande. A industrialização estava a todo vapor, com a indústria automobilística impondo sua grandeza e os carros importados começavam a dar espaço para os automóveis e utilitários nacionais.
As principais montadoras já estavam instaladas, como a Mercedes, Scania, Volkswagen, Ford, GM- Chevrolet, Chrysler e outras. E para atender esse crescimento, se importava de tudo e para tudo.
Já existia um bom mercado local pela frota circulante, como os automóveis, utilitários e os caminhões de pequeno e médio porte.

MF: E na área industrial?
AM: As máquinas e os equipamentos do nosso parque industrial eram importados e vinham juntamente com os filtros. Com o tempo, as máquinas precisavam de filtros para a reposição, mas não havia profissionais com conhecimento sobre o assunto. A importação era difícil e foi aí que começamos a produzir as peças localmente.

MF: Quem começou a nacionalizar filtros industriais no Brasil?
AM: Algumas empresas, mas eu particularmente posso citar o Barra (Filtros Barra). Ele tinha um irmão que era dentista, trabalhava num pequeno sobrado e na parte de baixo, numa pequena garagem, ele começou a nacionalizar os filtros. Isso foi em 1959, 60, na Rua 25 de Janeiro, no bairro da Luz. Depois, vieram os outros.

MF: Era o Sr. Roque?
AM: Não. O Roque se associou ao Barra depois e transformou a Filtros Barra no que é hoje, passando o negócio para os filhos.

MF: Quais os tipos de filtros utilizados na época?
AM: Os mais utilizados eram os filtros de óleo do motor e o filtro de banho de óleo. Também já começavam a aparecer os filtros de combustíveis e outros.

MF: O senhor se recorda dos modelos dos filtros e números?
AM: Com certeza, havia o filtro da Ford–J4, atual PF-1155 Mann, só muda a guarnição; o J30 e 31
do Chevrolet, o PF-1190 da Mann. O J3 era da Willys Overland, depois é que começaram os filtros de papel. Filtro de óleo era refil, uma lata recravada, com um tubo central onde era inserida estopa, rayon. E eram vendidos em postos, autopeças, oficinas e outros.

MF: Quando chegaram os filtros de papel?
AM: Vieram nessa mesma época, eu comecei a me interessar e
pesquisar sobre o assunto, porque não havia muito conhecimento a respeito. Foi quando eu conheci o avô do Abílio e do Arthur, o Sr. Gurgel, ele me deu um pequeno catálogo da Fram em inglês e foi me passando tudo o que sabia. Foi ele também que me despertou para os detalhes das canecas de filtros, foi uma amizade muito importante na época e que continua até hoje, com seus netos à frente dos negócios que ele iniciou e que se transformou nessa conceituada e respeitada empresa que é a Tecfil/Sofape.

MF: E o que aconteceu com a IMAM?
AM: A Metaquil, de uma hora para outra deixou de comprar de nós e começamos a fazer os filtros sozinhos. Assim, eu fui até 1981, os herdeiros que ficaram continuaram mais alguns anos, mas acabaram fechando a empresa.

MF: E o senhor, o que foi fazer depois de 27 anos na IMAM?
AM: Com a amizade e o conhecimento que eu tinha no mercado de filtros, não me faltaram convites para trabalho. Fui trabalhar como autônomo para um pequeno distribuidor que não conhecia nada de filtros. Meu primeiro cliente foi a White Martins, numa nacionalização de filtros em aço inox. Saí por falta de estrutura e ele acabou fechando.

 

MF: E depois?
AM: Fui para a Filesp, Filtros Gross, que só fabricava filtros de combustível, Fepa e Inpeca. Na Inpeca, eu fui o maior representante deles nessa época, cheguei a vender toda a produção deles. Assim, eu trabalhei 7 a 8 anos.

MF: E quando surgiu a idéia da Poli-Filtro e porque do nome?
AM: Foi na cozinha da minha casa. Num domingo, eu estava conversando com o Aldenir, comentei que eu precisava montar uma representação porque eu já tinha algumas representadas e comissões para receber e não podia mais continuar como autônomo, precisava constituir uma empresa, foi quando nós montamos a Poli-Filtro. O nome Poli é porque nos trabalhávamos com polímeros e optamos em usar o “Poli” mais o “Filtro”, e ficou Poli-Filtro. Isso foi em 1989, começamos no dia 15 de maio numa pequena casa na Rua Barra do Tibaji, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. A idéia era atuar com a representação de marcas.

MF: E como os negócios começaram a crescer?
AM: Eu conhecia bem o mercado de filtros e os fornecedores. Fui até a Inpeca falar com o Sr. Júlio Carneiro, pedi para distribuir os produtos da empresa e começamos assim. No início éramos
eu e alguns poucos colaboradores, nós comprávamos e vendíamos para uma porção de empresas espalhadas pelo Brasil. E a empresa começou a se expandir.

MF: Quais foram as marcas/empresas que vocês começaram a representar?
AM: Inpeca, Tutella, em seguida começamos a trabalhar nossa própria marca, a TURBO. Essa marca era do Juarez, que trabalhava na Destak, ele trabalhou conosco durante um tempo, nós compramos e registramos a marca, nessa época já demos números para as peças da TURBO. Depois a Inpeca fechou, passou para Sifil e outras como a extinta Fepa, que fabricava filtros para a linha agrícola–industrial. Depois eu fui convidado para distribuir a Donaldson, eles compravam o separador de água e óleo da Rama, uma empresa da Argentina. Nessa época, nossas vendas começaram a crescer, algum tempo depois a Donaldson foi comprada pela Parker, foi quando eu conheci o Sr. Catani e acabamos nos tornando distribuidores da Parker também. Compramos Mann, Fram, Hengst, Fleetguard – Cummins Filtration e muitos outros.


MF: Fale um pouco da sua linha de produtos TURBO.
AM: Nós identificamos e certificamos empresas para produzir com a nossa marca e número. Por isso, os produtos comercializados com a marca TURBO são de qualidade, reconhecidos pelos profissionais do mercado.

MF: E o Aldenir, quando começou a trabalhar na empresa?
AM: Em 1991, dois anos depois do início da empresa. O Aldenir era um funcionário de carreira da GE, é engenheiro e trouxe muita experiência administrativa, financeira, comercial e um bom conhecimento em comércio exterior. Nossos conhecimentos se somaram e resultaram no que somos hoje.

MF: Quem administra a Poli-Filtro?
AM: Nós, independente da atuação de um ou de outro. Sempre conversamos e tomamos as decisões juntos.

MF: O que favoreceu o crescimento da Poli-Filtro?
AM: O nosso posicionamento mercadológico. Atuamos dentro de uma necessidade do próprio mercado e conquistamos nosso espaço por não haver uma empresa com a filosofia de trabalho da Poli-Filtro.

MF: Existe outro membro da família que trabalha na Poli-Filtro?
AM: Minha filha Cláudia, que atua na área financeira.

MF: O que é a Poli-Filtros hoje?
AM: Uma empresa multimarcas, especializada na comercialização de filtros automotivos, com mais de 50 funcionários, em sede própria de 5.000 m², com infra-estrutura para atender as necessidades e exigências de nossos clientes. Temos uma filial em Mato Grosso, na cidade de Cuiabá, e um escritório de vendas em Porto Alegre. Possuímos mais de 5.000 itens cadastrados, comercializamos e faturamos em média 180 mil itens por mês. Atendemos todos os segmentos de mercado, de fabricantes de filtros ao mercado de reposição. A Poli-Filtro é uma empresa industrial e comercial com marcas próprias e multimarcas, compramos e distribuímos filtros nacionais e importados, atuando com importação e exportação.


 

MF: Quais as marcas que a Poli-Filtro tem exclusividade de compra?
AM: São várias as marcas de filtros que importamos e comercializamos com exclusividade. Mas por uma questão de ética, preferimos não revelar.

MF: É possível citar um case de sucesso em atendimento ao cliente?
AM: Com certeza. Praticamente todos já ouviram falar do Tatuzão, o equipamento que faz a escavação para as obras do Metrô de São Paulo.
Eles precisavam de alguns filtros que ninguém achava. A Poli-Filtro visitou o local, identificou os filtros que eles precisavam e forneceu. É esse o trabalho que nós fazemos. Costumo dizer que a curiosidade não mata, ela abre oportunidades. É a mãe da ciência.

MF: Quais as certificações de qualidade da Poli-Filtro?
AM: Nós temos a ISO 9001:2000, e todos os nossos fornecedores nacionais e importados são quali-ficados e certificados internacionalmente.

MF: A que se atribuem as conquistas da Poli-Filtro durante todos esses anos?
AM: Vamos completar 20 anos em maio de 2009, caracterizados por muito empenho. Nossas conquistas sempre foram resultado de fazer o trabalho certo. Através do tempo, mostramos que era possível atuar como uma empresa multimarcas e com ética, isso fez com que nossos fornecedores nos vissem como parceiros. Na área administrativa, todo o nosso lucro sempre foi revertido em investimento na própria empresa, nos preocupamos com os nossos colaboradores e em atender as exigências de nossos clientes.

MF: Como o senhor enxerga o futuro dos filtros no Brasil e no mundo?
AM: Acredito que seguiremos nos aprimorando na medida da evolução das necessidades e tecnologias do próprio mercado. Da mesma forma, entendemos que as montadoras demandam novos projetos, os fornecedores de filtros vão se adaptando e atendendo essas exigências. É uma engrenagem onde a sintonia e o sincronismo têm que trabalhar juntos. Por isso, quando as exigências forem de profissionalização, vamos nos profissionalizar ainda mais; quando forem de investimentos, vamos investir, tudo ao seu tempo. O futuro é uma estratégia que envolve a todos, e só crescem as empresas e pessoas que estão na mesma freqüência com tudo o que ocorre a sua volta

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